Ela não conseguiu reconhecê-lo em suas últimas ações. Não era o mesmo daquelas longas conversas diárias.
Por isso ela estranhou e se recolheu, tinha esperança dele retornar trazendo de volta aquele padrão pelo qual ele a acostumou -e retirou bruscamente-.
Não aconteceu.
Ela esperou, não conseguia mais dormir e chorava esperando o sono chegar. Dias se passaram, como sempre ela foi atrás. Batalha pelas coisas e pessoas, não desiste delas.
Perdeu.
Ela ainda não deixou de sentir e pensar, nele e nos momentos. Dentro de si há uma pequena chama de esperança, racionalmente tem consciência do fim, mas seu coração não vê maldade.
Engana-se.
Não pode ter sido tudo em vão, nem terminar do pior jeito. Ela espera dele os mesmos sentimentos. De amizade, carinho e principalmente: consideração.
Tem tempo de consertar e em vez de pedir desculpas, abraçá-la forte e olhar direto em seus olhos. Ela se recusa a acreditar em tamanha insensibilidade, indiferença e frieza.
Ilusão.