Sim, eu já tentei, três vezes. O medo de sobreviver e ficar pior me impede de novas tentativas, porém a vontade nunca desapareceu.
Me sinto frustrada, nem me matar sou capaz, quando vejo notícia de quem consegue, admiro muito e compreendo perfeitamente o sentimento.
Escrevo esse post em plena consciência, não estou em crise. Totalmente realista, falo sem qualquer pessimismo e negatividade, também sem intensidade e com total clareza, portanto não são pensamentos carregados por uma visão doente.
Então, existem vários problemas de saúde mental deturpando a cabeça das pessoas, conduzindo ao ato extremo sem possibilidade de compreensão para outras saídas e alternativas sem ser tirar a própria vida.
Agora o ponto que quero chegar, o meu caso específico. Tenho pensamentos suicidas desde a adolescência e confesso, naquela época era uma medida descabida, falava totalmente sob a ótica borderline. Impulsiva.
Nos dias de hoje é diferente, vamos aos fatos: não tenho família (leia-se: alguém que se importe comigo, me ame e que sentiria minha falta se não estivesse aqui), não tenho amigos, não tenho um amor, não sou útil para a sociedade e o principal, não tenho renda.
Considerando tudo, racionalmente, por qual motivo eu deveria continuar vivendo? Não tenho absolutamente nada, literalmente.
Pelo contrário, minha existência causa dor e infelicidade. Minha presença incomoda, atrapalha, gera gastos, somente coisas ruins, para os outros e para mim mesma.
Perante tudo isso, não seria melhor para tudo e todos se eu morresse? Porque não tenho esse direito, essa escolha?